Temos acompanhado, no período recente, a reorganização da extrema direita no mundo, dos EUA ao Brasil, ativada por um discurso cada vez mais radicalizado, de ataque às liberdades democráticas, aos movimentos sociais e às universidades.
No DF, a Universidade de Brasília recentemente enfrentou diversos ataques da extrema direita, que se organizaram para entrar na nossa Universidade sob o discurso de “limpá-la”, atacando Centros Acadêmicos e estudantes, removendo os símbolos que, na prática, representam a liberdade do pensamento, da crítica, da variedade de ideias. Além de ameaçarem e prejudicarem o funcionamento de disciplinas, atacam a liberdade de cátedra, utilizam-se de pânico moral e demais formas estranhas à educação de qualidade.
Sabemos que tais atos não podem ser ignorados e são contrários diretamente ao sentido social da Universidade e ao Movimento Estudantil, que se organizou e mobilizou um forte ato na última semana, com protagonismo dos Centros Acadêmicos e do DCE.
A organização dos estudantes na UnB deve seguir como exemplo pra sociedade e para os desafios do próximo período. É a medida que devemos seguir: a defesa de um mundo radicalmente diferente não pode ser feita apenas no campo das ideias, mas deve se materializar nas ruas, nas mobilizações e nas lutas cotidianas. Se a extrema direita segue se organizando dentro e fora das universidades, a nossa capacidade de enfrentá-la, e devemos enfrentar, será determinada, essencialmente, pela nossa disposição em ocupar os espaços que nos pertencem e não deixá-los seguir por uma via sem resistência e sem mobilização. Seguimos firme na luta em defesa da UnB!